quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O regresso daquele que expira versos...

Oi! Pois é… O tempo voa mesmo, faz quase um ano desde a última vez que aqui escrevi. Um ano em que muita coisa se passou, ou não se passou quase nada… Pelo meio cumpri um dos objectivos que tinha, editei o meu primeiro livro (ainda tenho uns exemplares, pede-me um…).

A vida é feita de decisões/indecisões, certezas/dúvidas, metas/barreiras e todos esses binómios nos condicionam. Neste ano o trabalho foi imenso e houve alguma desmotivação à mistura, o que me fez “parar” de escrever. Escrevi parar entre aspas com intenção visto que para mim escrever é como respirar e por muito que se queira não conseguimos estar muito tempo sem o fazer, não é? Ora se tens dúvidas tenta lá!?

Ao fim de quase um ano e tendo agora uns diazitos de férias, tenho um tempo para respirar e tentar ganhar um novo fôlego… Decidi voltar aqui a escrever, mesmo que não tenha visitas, nem leitores…Porque sei que escrever me faz tão bem, me purga a alma. Porque ao escrever liberto “toxinas” que não saem de mim de outro jeito.Hoje numa das minhas mais que muitas divagações entendi que o nosso melhor leitor somos nós próprios, entendi que o nosso melhor ouvinte devemos ser nós próprios em primeira instância. Claro que é óptimo ter alguém como companhia que nos leia e oiço, às vezes até de um modo mágico.

Mas independentemente de ter essa companhia ou não, continuarei a escrever, a cantar, a gritar, a pintar a minha vida e a vida daquelas pessoas que de mim se aproximarem. Não irei desistir mesmo que isso me passe tantas vezes pela cabeça, não me irei conformar, não irei abdicar de nada. Por muito que custe hei-de encontrar o caminho… Hei-de encontrar alguém com quem o possa partilhar…

Bom, serve isto tudo para dizer, que mesmo com algumas adversidades, irei sempre escrever qualquer coisinha e mostrar-te.

Obrigado a todas as pessoas que gostam do que escrevo, volto a escrever e voltarei sempre por elas ;)

Espero deixar aqui algumas mensagens com regularidade ou mostrar alguns versos meus, não te esqueças que quero uns feedbacks teus! Sim?

Deixo-vos com alguns dos versos do poema que brotou de mim hoje e que está relacionado com o que aqui escrevi. “Um ouvinte” é o título do poema.


“Voltei a escrever,
Apenas por na poesia crer…
Voltei, não porque ganhei um fiel leitor,
Apenas por me ser amenizador. “
“Voltei a declamar,
Não por ter encontrado uma atenta ouvinte.
Apenas por amar
A rima que me pinte…”

“Há-de haver alguém que no silêncio me oiça,
Quando um sentimento me baloiça.
Alguém que pela escrita, saiba do meu paradeiro.
Alguém que comigo corre,
Como as águas de um ribeiro.
Alguém que me viva, quando algo me morre.

Há-de haver alguém que está sempre presente,
Entre as vírgulas dum poema recente.
Há-de haver paz,
Há-de haver alguém capaz
De me devolver o ar que se esvaneceu…
Mesmo que esse alguém seja apenas eu…”


Abraços para toda a gente que dispensou uns momentos para ler o que escrevo.

Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

sábado, 22 de março de 2008

A marcha infinita da minha poesia...

Olá! Como já há uns tempos que não escrevia aqui para este meu blogue, aqui estou eu.
Tenho escrito imenso como vem sendo hábito, os poemas escorrem-me dos dedos. Já não há dia nenhum que passe que eu não escreva qualquer coisita ou pense em poesia. Acabei há pouco o meu poema 157, vou bem lançado para a conclusão do meu segundo livro.
Este meu segundo livro terá como pano de fundo a melancolia ou mesmo a tristeza. Porém escondidos em todos os meus poemas estão versos de esperanças e alegrias de quem ama. Eu que amo tanto, nem que apenas ame amar o vago... Mas na verdade eu sei que consigo escrever sobre qualquer tema, imaginem que até já escrevi um poema erótico. Lol Apresentem-me um tema que queiram ver exposto num poema e eu em 2 tempos o farei ;) Fica aqui feito o repto.

Aqui ficam mais alguns versos dum poema meu que se chama “Tempo”:

“ Deixei de te ver e tudo parece parado…
O tempo mudou…
Destruíram-se as cores do meu arco-íris pintado,
E tudo enfim se alienou.”


“Ai! Só o tempo é culpado,
Esse omnipresente malvado.
O tempo que flui e que em mim ecoa…
Oh tempo! Que me tiras tempo para amar…
Ai! E ninguém me pode ajudar…
A não ser tu minha doce pessoa!”


“ Sonho contigo ao adormecer,
Indagando uma explicação e querendo o porquê saber,
Se tenho tanto para te dizer…
Porque fico sem palavras?
E tento perceber…
Porque razão tuas imagens em mim ficam gravadas?”

Abraços para todas as pessoas que aqui passarem :)

Filipe Correia

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Amo cada abraço...

Olá! Espero que esta semana que se vai iniciar agora, corra muito bem a toda a gente. A minha independentemente de correr bem ou não, irá ter momentos de escrita e pintura. Ou seja a minha inspiração vai bem e recomenda-se… lol

Claro que quem me conhece sabe que para além de me fazer sentir muito bem escrever e pintar, o desporto liberta-me igualmente.

Ultimamente tenho tentado conhecer mais pessoas e trocar mais ideias frente a frente com elas. Essa minha “nova” atitude aproxima-me mais do “animal sociavél” que o Homem é ou deveria de ser por natureza… Esta minha “nova” atitude pode-me permitir encontrar mais vezes “aquela luz” que tanto falei na última mensagem aqui deixada.
Poderei continuar o meu caminho com mais paz (é ela que me faz muita falta), essa tal “coisa” que já tantas vezes escrevi e pintei mas que só muito raramente encontrei interiormente…

Cada vez mais me surgem questões, inquietações, será que algum dia saberei responder a alguma e acalma-las? Será que um dia deixo de me interrogar e deixo de ter a enxurrada de ruminações que tenho? Bom, mas se calhar isso assim não tinha piada, não acham? E com isto, acabo de levantar mais umas questões… lol

Não creio que o que escrevo ou pinte mereça tantos comentários elogiosos que me têm dispensado. Porém sei que se tenho algum talento, ele é totalmente dedicado às pessoas (poucas) que fazem questão de demonstrar que o que faço e sou é algo de importante. É nelas que encontro a motivação, a inspiração e a “tal luz”.
Gostava é que essa motivação que tenho (ou me dão) fosse mais permanente e não fosse tão fugaz como tem sido…

Bem, mas hoje só queria vos confidenciar algo que as pessoas que me conhecem bem já sabem, que é o facto de eu ser um romântico daqueles acérrimos e que tem como ponto máximo de demonstração de carinho o abraço.
No outro dia vi no jornal uma notícia que me deixou a pensar: “Então não querem ver que eu tenho mesmo razão, mesmo não tendo bases científicas nas minhas conclusões”. É verdade, então parece que há mesmo estudos que indicam que o abraço “dá saúde” ao reforçar o sistema imunitário e tem fortes efeitos terapêuticos, visto que para além de nos aquecer a alma, também nos faz aumentar a confiança, a segurança, a auto-estima e nos afasta de sentimentos de stress ou depressivos. Ou seja a Abraçoterapia é uma terapia que parece ser muito bem fundamentada e qualquer um que duvide dela poderá fazer a experiência de dar 2 ou 3 abraços a alguém que lhe seja próximo e querido e comprovar assim os efeitos… Não vos acresce logo o bem-estar e a tranquilidade? Não vos surge uma força repentina? Não vos surge logo um novo fôlego, como se o ar se purificasse? Não? Pois isso a mim acontece… E quantos mais abraços me dão, mais vida ganho. Pena que tenha tão poucos, enfim...

Bom, para finalizar vou deixar-vos aqui alguns versos meus de poemas diferentes que falam dos benditos abraços ;)
Vá um grande e fortíssimo abraço a toda a gente que dispensou um pouquinho do seu tempo para ler o que este amigo vos quis escrever.
Fiquem bem!
Até sempre!
Filipe Correia

“Só mais um abraço apertado
E era forte, tão amado…
E teria um futuro bem auspiciado.”

“Se por palavras ou inspiração
Pudesse ter poderes mágicos ou condão…
Usava-os para estar no teu regaço,
Pararia o tempo, num nosso abraço…
Ou derrotava os teus desânimos ou cansaço.”

“Sei que ainda tenho e que vou conseguir manter
O calor dos teus abraços, aquele aquecer
Do calor do meu ser…
E tenho a esperança de nunca o perder.”

filipejccorreia@hotmail.com

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A "tal luz"...

Boas!
Bem já conclui 140 poemas e muitos outros anseiam ver a sua forma final.
Hoje para além de escrever qualquer coisinha de poesia, tinha também que escrever aqui no blogue.
Está-me aqui a picar o bichinho da escrita… lol
Bem toda a gente já teve flutuações de humor, toda a gente já sentiu que nuns dias se sente melhor, mais leve, mais capaz de encarar tudo com um sorriso. Independentemente daquilo que nos possa afectar negativamente, é sabido que há muita coisa que nos pode fazer mudar de estado de alma, nem que seja momentaneamente.
Bom o que eu ainda não entendi é o porquê de algumas pessoas que vou conhecendo ou de outras que já conheço me fazerem sentir bem ou melhor e consequentemente estimular este meu lado de poeta.
Ainda não sei o porquê de algumas pessoas causarem tanto impacto em mim e me fazerem escrever oceanos de versos, mesmo que depois só os concretize em pequenos riachos. Porque aquilo que se consegue passar para o papel, é sempre uma pequena parte daquilo que sentimos, é inevitável…
Periodicamente encontro pessoas que eu considero terem "uma luz”, uma luz que eu não sei de onde vem, nem como, mas que eu sinto tanto e me inspira tanto... É raro isso acontecer, mas de vez em quando acontece e eu talvez nunca vá perceber o porquê disso acontecer. Talvez nunca vá perceber porque vejo essa luz em algumas pessoas e noutras não…
O que é certo é que há pessoas que nos parecem ser muito mais bonitas do que apenas o que a sua imagem revela. Ou seja há pessoas que não duvidamos que nos transmitem beleza, mesmo que por magia houvesse uma transformação quase total a nível físico. Isso acontece porque vemos nelas aquela “tal luz”, que ultrapassa qualquer semblante, qualquer ruga, qualquer cicatriz.
Às vezes olho para pessoas que me mostram muito mais do que o seu olhar, às vezes um encontro de olhares diz mais do que mil palavras trocadas com outras pessoas. Às vezes um sorriso cúmplice e simultâneo é muito mais do que um gesto de sorriso e dá-me mais força do que qualquer outra coisa. Às vezes meia dúzia de palavras trocadas com alguém, são horas intermináveis de conversação e são muito mais do que sons. Às vezes basta somente estar perto, receber as palavras, o sorriso, o olhar de alguém que nos dá a “tal luz”, basta isso para que encontremos a nossa motivação. Na verdade ela está sempre dentro de nós e só espera um sinal para florescer.
Essa “tal luz” intriga-me frequentemente, porque o tempo vai passando e eu continuo sem saber porque só a vejo a espaços. E principalmente porque só eu a vejo e nunca ninguém a viu em mim…

Não sei se vais ler isto, mas de qualquer maneira:OBRIGADO Sílvia! Obrigado por tudo e porque tal como te disse, vi essa “tal luz” em ti…

Ontem houve mais um projecto de poema que brotou e tudo por causa dessa “tal luz”, que eu não sei como me vem, só sei que é impossível detê-la.
Aqui fica a primeira ideia que me surgiu para esse projecto de poema:

Sempre que eu te vi era noite escura.
Mas é tão grande a tua alvura,
É tanto o brilho desse teu sol…
Que me agarrei à beleza da tua figura,
Brinquei com o teu perfume, com o teu cachecol
E guardei pétalas de luz que me inspiram,
Que em mim se escrevem e em ti se respiram.

Jocas e abraços a todas as pessoas que me dão ou já deram a “tal luz”.
Até sempre!
Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Desistir ou nao desistir, eis a questão...

Olá! Olá! Bem no outro dia é que me disseram, eu nem tinha reparado, já coloquei aqui 2 vezes o mesmo poema. Peço desculpa por isso, mas com tudo o que tenho passado, a loucura já se instalou há muito tempo, daí alguns erros, uns pequenos como este, outros mais chatos…

Bem, como continuo a não ter visitas nem comentários, devo dizer que estou a ponderar deixar de escrever aqui. Ou mesmo que não o faça, não vou perder muito tempo com isto. Passarei a por menos versos de cada poema. Todavia, o espírito mantém-se, isto é, se quiseres ler os meus poemas completos, basta entrares em contacto comigo, que eu terei todo o gosto em partilhar contigo o que humildemente escrevo.

Deixo aqui hoje uma quadra dum poema que se chama “Dor vivida”. Por motivos óbvios continuo a escrever em muito maior quantidade poemas tristes, este é um deles e já tem alguns anos…

“Vivo, felizmente… Triste…
Vivo talvez sem objectivos em riste,
Corro para matar a sede da vida,
E sofro com uma dor difundida
Por todo corpo…
Vivo... E acho-me morto!”

Abraços para todas pessoas que passam por este blogue!
Fica bem!
Até breve!
Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O poema nº 7

Olá a toda a gente simpática que visita este blogue. Ele foi criado por um mero jovem que sonha acordado e escreve até dormindo…Hoje vou partilhar contigo o meu poema nº7. Vai ser mesmo difícil conseguir colocar aqui os últimos poemas que fiz, visto que já acabei 131 e não paro de os criar. Aqui ficam alguns dos versos do poema que se intitula “Triunfo”:


“ Nessa linha ténue do sucesso,
O essencial é assimilar todo o processo.
Não se cair em tentação,
Nem tão-pouco olhar ao coração.

O fracassado cai, o importante ri…
Porém, o que interessa é o que restou de si.
Não se dê a todos, seja prudente,
Crie o seu método e seja exigente.

Esse anel de ouro que traz,
Hoje é belo e o faz sentir-se capaz…
Amanhã pode ser reluzente mas imundo…
Amanhã você pode não ver um fundo…”


“ Por isso não ande sobre ladrilho estalado,
Pensando ser betão armado.
Pois se tudo for destruído,
É trabalho triplicado… “


Abraços e beijos do eterno poeta…

Filipe Correia
2008
filipejccorreia@hotmail.com

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pinturas de quem queria pintar o mundo...

Olá! Bem o tempo passa rápido e já estamos em 2008, espero que este ano traga melhorias a todo o mundo em geral e a mim em particular. Uma coisa é certa continuarei a escrever, porque isso já é uma parte da minha vida, é muito mais do que um passatempo.

Já concluí 128 poemas, vou tentar proximamente pôr um pouco de todos aqui no blogue. Bom, o poema que hoje vou partilhar com vocês fala um pouco sobre aquilo que se passa neste mundo e do tanto que eu o queria mudar. Pintar liberta-me (tal como escrever), neste poema falo da pintura que eu poderia fazer no mundo. E é realmente uma pena que isso só se possa dizer metaforicamente. Ai! É que eu mudaria quase tudo…

Aqui fica o pequeno poema então.

Abraços para os amigos e abraços ou beijos para as amigas… lolBoa semana ;)

PINTO O MEU MUNDO


Pintar é como despir e lavar a alma,
Tal como outras artes o são.
Mas por vezes quando o faço, vivo uma triste canção…
Vivo numa solidão e nela descanso,
Pintando o mundo com cores em que o amanso,
Para compensar o escuro da vida e assim senti-la…
E assim divagar ao toque duma pincelada.
Podendo soltar nela, toda uma sensação…
Podendo flutuar nesta divagação,
Ou trespassar esta canseira vincada.

Quem me dera pintar a sociedade
Com outros tons que não os existentes,
Para aliviar este tempo escandaloso e sem piedade…
E retirar borrões persistentes,
Para soltar este meu tremor,
Para esquecer todo o horror,
Para me livrar do sofrimento,
Olvidando este cosmos azul cinzento…

Faço-o mantendo estes olhos fechados e vendo melhor
Do que os que os mantêm abertos e vêm guerra e terror…
E ao pintar é como se o tempo parasse,
É como se a vida se duplicasse!
Num instante de horas passadas,
Volto em mim depois das caminhadas,
Que realizo num espaço constrito,
Num lugar que não é já meu e é restrito…
E mato assim a saciedade de infinito,
Numa paisagem cantada em que medito…
Num mundo imaterialmente rico,
Mas que é só meu e nele fico.


Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com