quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Quero a tua prenda... Um abraço ao vivo e um comentário no meu blogue... lol

Olá! Tal como te tinha prometido, venho aqui falar qualquer coisita sobre a quadra festiva que passamos. Eu (como quase toda a gente) gosto do Natal pelo espírito que o envolve. Pela magia e alegria que nele se cria…
Porém, eu não sou materialista e infelizmente não sou crente, logo quase tudo desta época me passa ao lado. O que eu noto é que se esbanja o que se tem e o que não se tem em luxos e prendas, até quem não tem quase nada faz questão de o fazer.
Não sei se serei o único que paro para pensar nestas coisas, mas já reparaste que todas as mensagens de poupança que se passam pontualmente durante o ano, parecem totalmente esquecidas nesta quadra… Queres um bom exemplo? Pois aqui vai um: “temos que poupar os recursos naturais, particularmente a nível da energia eléctrica…” E depois como é nesta época? Bom nesta época “ganha” a cidade que está mais iluminada e que gasta mais dinheiro nisso… Não é que não ache bonito o jogo de luzes… Até têm piada, mas penso que a ecologia deveria de estar a cima de algumas futilidades, como é o caso das luzinhas de natal… Enfim…

O que acho que é bonito no Natal é ver o brilho nos olhos das crianças, é para elas que esta quadra faz mais sentido e para elas que devemos centrar a nossa atenção.
Em relação ao materialismo, dá que pensar olhar para os brinquedos (alguns ou muitos inúteis, repetitivos, pouco instrutivos ou até perigosos) que se amontoam a um ritmo alucinante. Experimenta olhar para os caixotes do lixo no dia 25 de Dezembro e logo vez a quantidade de embalagens de brinquedos e afins que se amontoam. E mesmo fora da quadra acho um exagero a compra de tantos brinquedos e muitas vezes acontece porque é o mais fácil e só porque “ o menino pediu”.
Nunca pararam 1 segundo para pensar que bastava uma pequena parte do dinheiro que se gastam nestas prendas e neste exagero do Natal, para que milhares de crianças não morressem à fome, ou que alguns sem abrigo voltassem à vida… Pois eu penso mas eu devo ser mesmo muito diferente…

Eu em matéria de presentes, prefiro receber afectos e bens imateriais, ou a amizade/presença de alguém. E mesmo indo para o campo material, há imensas maneiras de se oferecer presentes feitos por nós, coisas caseiras/personalizadas, que têm muito mais valor a todos os níveis. Nos dias seguintes às datas festivas alguém vê nos caixotes do lixo embrulhos de carinhos, restos de caixas de abraço e vestígios de beijos? Não dão para ver, mas se desse a quantidade deles não seria equiparado aos restos das prendas materiais…

Abraço para todos!

Boas festas…

E pensem nisto…

Até sempre

Filipe Correia

filipejccorreia@hotmail.com

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Uma simples pincelada minha...

Olá! Quem me conhece sabe que eu tenho um gosto grande em escrever e pintar. Há poemas em que misturei esse prazer e escrevi como quem pinta, ou falei de pinturas nos poemas…
O poema que vou partilhar contigo hoje é um que reflecte um pouco sobre o mal que rodeia este mundo… E nesta época de Natal em que tudo parece ser só luzes, alegria, comidas e bebidas “agradáveis” e presentes. Ao nosso lado ou mais longe continuam pessoas a penar…A verdade é que ao pintar os problemas ficam para segundo plano ou quiçá os consigamos mesmo atenuar…
É esse o tema deste poema e ele aqui está:


PINTO O MEU MUNDO



Pintar é como despir e lavar a alma,
Tal como outras artes o são.
Mas por vezes quando o faço, vivo uma triste canção…
Vivo numa solidão e nela descanso,
Pintando o mundo com cores em que o amanso,
Para compensar o escuro da vida e assim senti-la…
E assim divagar ao toque duma pincelada.
Podendo soltar nela, toda uma sensação…
Podendo flutuar nesta divagação,
Ou trespassar esta canseira vincada.

Quem me dera pintar a sociedade
Com outros tons que não os existentes,
Para aliviar este tempo escandaloso e sem piedade…
E retirar borrões persistentes,
Para soltar este meu tremor,
Para esquecer todo o horror,
Para me livrar do sofrimento,
Olvidando este cosmos azul cinzento…

Faço-o mantendo estes olhos fechados e vendo melhor
Do que os que os mantêm abertos e vêm guerra e terror…
E ao pintar é como se o tempo parasse,
É como se a vida se duplicasse!
Num instante de horas passadas,
Volto em mim depois das caminhadas,
Que realizo num espaço constrito,
Num lugar que não é já meu e é restrito…
E mato assim a saciedade de infinito,
Numa paisagem cantada em que medito…
Num mundo imaterialmente rico,
Mas que é só meu e nele fico.

Obrigado pela companhia!
Abraço!
Até sempre e Bom Natal…

Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Olá! Espero que o fim-de-semana tenha sido óptimo. O meu foi (mesmo que tenha sido passado a trabalhar), porque deu tempo para fazer duas coisas que adoro: escrever e treinar.

Tal como te tinha prometido, hoje vou te mostrar o prefácio do meu livro de poesia. Foi escrita pela única amiga que me acolheu sempre ao longo da licenciatura que tirei… Uma pessoa que gosta do que escrevo e que partilha comigo o gosto pela poesia.

Espero que ela também de vez em quando passe por este blogue. Ela escreve muito bem, eu apenas escrevo… Com ou sem qualidade, com muita ou pouca gente que leia o que escrevo, escrevo porque tenho sempre esse desejo premente.

Este prefácio demorou muito tempo a ser feito, mas quando o recebi e li, pensei: “assim vale a pena esperar pelas coisas…” E tantas são as coisas por que espero mas que nunca vêm… Enfim…
Espero que compreendam e gostem tanto deste prefácio como eu.Obrigado Rita por o teres feito…

Abraços!

Boa semana!

Despeço-me com amizade ;)

Até sempre!

PREFÁCIO


A poesia é, por excelência, um processo criativo de índole egoísta, egocêntrica. O poeta não escreve somente, traduz antes por símbolos a celebração ou o exorcismo dos seus estados de espírito, da sua vivência, usando as palavras como forma de enaltecimento ou cura das emoções. O poeta não partilha, concede o privilégio de comunicar a sua experiência; é um solitário, não um sonhador, que materializa a sua evasão da realidade na procura do deleite semântico.
Ser poeta não é uma opção, é uma necessidade que se insurge, porque ninguém o escolhe ser. Nasce-se poeta, não se faz poeta. A poesia é inata. Brota do poeta como um filho de uma mãe, como uma força avassaladora com ânsia de se expressar. Porque escrever é tão natural e vital quanto respirar.
E a poesia acompanha o crescimento interior do poeta, assiste ao seu amadurecimento, à sua jornada contínua e diária de interacção com o mundo que o rodeia. É como uma amiga íntima e fiel, perenemente presente, que o artista procura para atenuar a força devastadora das suas emoções.
Este não é um mero livro de poesia, é sim um diário de vivências (reais ou imaginadas) de um artista na sua mais pura essência, desprovido de interesses materiais e mundanos, que goza a poesia pelo que ela é, nua e crua, uma confessora neutra e paciente, eternamente disponível.
Percorrer as páginas deste livro é experienciar momentos, apropriarmo-nos de memórias e emoções, vivendo-as como nossas. É chorar as lágrimas do poeta e cantar a sua alegria. É identificarmo-nos com quem as sentiu materialmente, mas é também acompanharmos um crescimento interior, como espectadores que assistem ao desenrolar de uma narrativa.
A ti, meu grande amigo, nada me parece mais apropriado que agradecer a oportunidade de sentir-me mais próxima de ti, ao folhear fragmentos da tua história, ao viver em cada linha as tuas, que também são minhas, emoções. Por tudo o que és, por tudo o que representas, e por tudo o que fazes só posso ver como uma bênção a tua amizade.
Obrigado, amigo!

filipejccorreia@hotmail.com

sábado, 15 de dezembro de 2007

Mais um poema meu e mais perto estamos do dia 25 de Dezembro... Que apenas será mais um dia... lol

Olá! Felicitações natalícias para todos… lol. A todos porque escrevo para qualquer pessoa que queira ler as minhas parcas palavras, natalícias devido à quadra… Se bem que para mim o Natal deve ser todos os dias e não numa ocasião do ano. Como me entristece ver que só na época de Natal é que as pessoas tentam ser minimamente mais simpáticas e amigas… Eu faço de cada dia o que ele é… Apenas mais um dia em que vivo, independentemente da altura do ano que for, tento ser sempre o mesmo e o melhor que posso ser…
Bom divagações à parte ( e fica desde já prometido que voltarei a este tema do natal em breve…). Devo dizer que não me esqueci da promessa de mostrar o prefácio do meu livro, mas hoje vou mostrar mais uns versos meus… Senão nunca mais chego ao último poema que acabei (neste momento foi o 119).

O poema chama-se: “Passado, presente e ausente”.
Fala de sensações não correspondidas e inicia-se assim:

No teu rosto vejo os montes d`outrora.
No teu olhar noto um brilho celeste.
Tudo em ti é puro e agreste…
Tudo tinha um fundo iluminado, mas tudo se eclipsa agora…

Já tem uns anos valentes este poema, mas penso que ainda hoje não o mudava… Vou partilhar contigo mais alguns dos versos desse poema:


Mas como se combate uma guerra perdida?
Como se olham por janelas tapadas?
Se quando vivo me torturo e me sucumbo,
Se quando morro ganho asas cortadas…
Se me acho um corvo com penas brancas,
E se numa noite clara só vejo o escuro.

No entanto, olho-te e teus olhos são rodas,
Em que rolo intemporalmente.
Que me importam os usos e modas?!
Que importa correr sem a meta na mente?!
Que importa se o teu corpo é preto ou rochoso?!
Que importa se o teu cabelo cavalga ao vento?!
Importa o que sinto e continuarei teimoso…

Se o que fui ontem já não sei,
Se hoje me reneguei,


Se nas tuas águas há calmaria,
Se pelas tuas pernas descem cataratas de harmonia,
Se os teus braços movem montanhas,
Então porque te escondes e não mostras tuas manhas?

Saltando mais alguns versos… Neste poema o sujeito poético termina com interrogações bem pertinentes… Aqui:

Mas que interesse têm as divagações?
Se vivemos num tempo sem corações.
Em que o que se faz não se sente,
E o que se sente é só pelo prazer.
Para que então existam solitários a sofrer?
Esses a que me junto nadam contra a maré...
E só espero que um dia confirmem a minha fé…

Abraços!
Até amanhã…
Bom resto de fim de semana…

Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A introdução do meu livro...

Olá! Cá estou eu de novo a escrever qualquer coisinha…
Hei-de continuar a escrever sempre, mesmo que não tenha comentários. Só 2 ou 3 pessoas me falaram aqui, se estiveres a visitar o meu blogue não hesites em comentar, gostaria…

Bom, tenho escrito muitos e muitos poemas (concluídos já estão 118). Aparentemente a minha inspiração nunca parará, mesmo que escreva só “para o boneco”.
Todas as editoras que contactei, ou não me responderam ou responderam-me negativamente. De modo que o meu livro que já está concluído há uns meses, talvez nunca terá o formato de um livro.

Mas já imprimi em casa “As 100 primeiras esperas de inspiração”, não é a mesma coisa que um livro com o seu formato normal mas já é alguma coisa e ademais 100 poemas são alguma coisinha não?

Hoje resolvi mostrar a introdução do meu livro e outro dia mostrarei o prefácio…
Para o caso de estares interessado/a em ler o meu livro diz-me que talvez to empreste ;)

Abraços!

Até sempre!

Despeço-me com a introdução do meu livro:

INTRODUÇÃO

Tudo o que é feito com gosto é mais fácil de se fazer. Toda a actividade que se inicia causa expectativa, algum nervosismo e pressa de saber se foi bem feito ou se as próximas vezes serão melhores, ou seja, se haverá evolução.Este meu primeiro livro é assim algo de novo para mim, algo que não sabia bem porquê, mas queria muito realizar e que com naturalidade aconteceu.
Agora que o meu livro pode estar nas mãos de alguém e pode ser lido de todos os ângulos, sei que estes 100 primeiros poemas podem ganhar asas e não se quedarem por gavetas ou prateleiras. Foram estes 100 poemas que primeiro ganharam forma, mas não necessariamente aqueles que surgiram primeiro. Porque tal como em qualquer coisa na vida, o amadurecimento ou a forma final das coisas é alcançada de forma natural e é imprevisível… Muitos poemas ficaram incompletos ou em projecto e por isso aqui não foram colocados. Mas quando um dia ganharem a forma completa (quando eu viver e pensar mais…) virão noutro livro, assim espero…
Estas 100 primeiras esperas de inspiração brotaram-me como amoras soltas na vida e eu só tive de as colher e retirar delas o sumo. Alguns poemas surgiram aos tropeções, atropelando-me numas ocasiões de muita inspiração ou produtividade. E outros vieram mais calmamente em espaços de tempo não definidos, visto que há momentos na vida em que a escrita não flúi, porque nos surgem barragens…
Alguns poemas aqui apresentados foram realmente sentidos por mim, outros foram fruto da minha imaginação e só nela foram vividos. Neles soltei muitas mágoas, desabafos (talvez alguns exagerados), divagações, opiniões ou convicções de vários âmbitos. Dediquei-me a este livro como um aprendiz ou um autodidacta que ama aquilo que faz. Empenhei-me ao ver que retirava prazer ao escrever, quando vi que escrever era para mim uma forte terapia para todos os males… Mas acima de tudo quando vi que a minha poesia chegava a algumas pessoas e que recebia agradáveis apreciações das mesmas. Ou quando me fizeram ver que existia nela alguma qualidade.
Por isto mesmo, este livro é da minha autoria, mas não é meu. É de quem me incentivou, apoiou, e me inspirou para escrever poemas. Obrigado a todas as pessoas que por gentileza leram e sempre hão-de ler o que escrevo.
Sem elas a minha poesia não faria sentido e só seria um acto isolado de egoísmo ou deleite pessoal.
Visto assim de repente, uma grande percentagem dos poemas fala de amor… Será que falei demasiado de amor? Não creio… Nunca é demais de amor falar, nunca é demais o nosso amor demonstrar e eu nunca deixarei de o fazer. Até porque a vida no seu estado mais puro é amor. E eu no meu estado mais puro sou um sonhador e um amante da poesia.
Gostava que todas as dores, problemas e solidões descritas nalguns dos meus poemas se reciclassem, de modo a que todos os meus versos tristonhos um dia por metamorfose se tornassem risonhos e por encanto nascesse outro livro, só com temas felizes… E nesse novo livro só entrassem versos alegres e não forçados…
Optei por não colocar dedicatórias, porque iria ser injusto, já tanta gente me inspirou e me fez escrever, ou foi motivo de poemas meus… Acabaria por não colocar todas as pessoas que lá mereceriam estar. Por isso espero que quem leia este livro perceba que conheci pessoas bonitas e que todas elas estão espelhadas em cada verso meu. Espero que não restem dúvidas acerca das minhas dedicatórias omitidas, mas se elas existirem, perguntem-me directamente para quê ou para quem foi escrito cada poema, que eu irei responder com a mesma clareza e sinceridade com que vivo ou escrevo. E para além disso eu faço questão de diariamente dizer a cada pessoa que é importante para mim, que o é; faço questão de dizer que amo, a quem realmente amo; faço sempre questão de deixar bem claro quem me dá luz ou inspiração. É por essas pessoas que escrevo, é para essas pessoas que vivo e me tento inventar e doar em alegrias escritas, pintadas, ditas ou em forma de gestos ou acções. E essas pessoas sabem bem quem são e o que são para mim… Porque tento contribuir modestamente para que a vida dessas pessoas seja mais bela, enquanto o posso fazer… Porque como digo num poema meu: a vida se debela como uma atiçada vela…

filipejccorreia@hotmail.com

domingo, 9 de dezembro de 2007

A tristeza, a alegria e a esperança... 3 pedras tão assentes em nós...

Oi! Bem hoje vou mostrar um poema triste, mas que também encerra uma esperança. Como gostava que tudo na vida fosse assim, que a esperança nunca morresse mesmo em nada... Há poemas que fluem melhor por variadas circunstâncias.

Tanto escrevo poemas tristes como alegres e vou tentar balança-los aqui no blogue, seguindo mais ou menos a sua aparição natural na minha mente e no papel…

Penso que escrever ou viver todas as emoções nos torna mais fortes ou melhores. Tal como termos em conta que existem coisas muito boas, mas também outras muitas más. E penso que o saborear das emoções positivas, deve ser feito sabendo que as negativas existem, ganham assim ainda mais valor… E temos assim uma consciência mais global de tudo se tivermos o bom como referência do mau e o mau como referência do bom… Ou então não… Ou então o melhor que temos a fazer é esquecer todo o mundo e deleitarmo-nos apenas com aquela alegria…

Bem, voltando ao poema... Ele intitula-se “porquê viver” e inicia com algumas questões:

Porquê viver se não te tenho a ti?
Porquê viver sem rota nem destino!
Porquê viver se não tenho mais ninguém além de mim…
Porquê viver sem tino?

Alguns dos versos seguintes são estes:
Procuro razões colaterais,
Mas só encontro essências banais,
Busco critérios na mãe natureza
E tudo permanece igual sem surpresa!

Há sempre um buraco em mim, é como um vazio,

Mas por mais que pense, sinto-me a afundar.

Talvez seja eu quem não te mereça,
Ou seja eu quem espere que tudo aconteça,
Talvez esteja a ficar louco,
Ou seja o esforço de não esperar pouco…

E o poema termina com a tal mensagem de esperança:
Porém, a esperança nunca morre!
E a minha pessoa à tua espera está.
Como um atleta que sem fim corre,
Como um barco que à costa dá.


Bem vou indo… Vou escrever mais um poema… lol
Boa semana! Voltarei a escrever aqui muito brevemente ;)
Abraço!
Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Um olhar... Os meus poemas são olhares meus...

Olá! Ora cá venho eu escrever mais qualquer coisinha para compor este blogue…;)

O poema que hoje vou partilhar convosco é um poema que fiz já há uns anos, é o mais curto que fiz e não tem muitas rimas … A maioria dos poemas que faço são muito grandes, porque tenho sempre tanto para dizer… Procuro que eles tenham muitas rimas e que tenham um princípio, um meio e um fim. Daí alguns irem para as 4 páginas, mas muitas vezes depois de escrever rios de versos, olho para o que escrevi e não vejo metade daquilo que tinha para expressar… lol E nos poemas (como em quase tudo na vida) tenho sempre a sensação que poderiam ficar melhores, deve ser tique de perfeccionista, mas é o que sinto.Mas se há tantas pessoas que gostam do que escrevo é porque deve ter alguma qualidade…

Bom mas reflexões pessoais à parte… O poema curto que vos falo chama-se “Olhar”. Há olhares que podem conter e dizer tudo, valendo mais do que muitas explicações. Há olhares que damos para o nosso interior e há olhares que damos para o exterior das coisas. Assim podemos saber quem somos e podemos analisar o que nos rodeia, recebendo outros olhares em troca…

Podia escrever milhares de poemas sobre o tema do olhar e esse termo está em muitos poemas que fiz. Mas naquele dia tudo o que queria escrever resumia-se a isto:

“ Quanto mais me olho
Menos acho,
Mais me perco,
Menos encontro o que procuro,
Mais sofro na imensidão de um horizonte
Em que me ofusco…

Mas, quando para ti fico a olhar,
Afasto a solidão do meu olhar….

E quanto mais te olho
Mais encontro o meu limite,
Mais encontro o que perdi,
Rasgo o nevoeiro da dor e do tormento.
E abrilhanto o meu olhar nesse efémero momento. “

Abraço para toda a gente que gosta de ler as minhas poesias e este blogue :)

Bom fim de semana!
Até amanhã!

Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Aquela ausência que por vezes se tem...

Olá muito bom dia para todos! Bom depois de te mostrar o meu poema nº 1, a partir de agora vou mostrar os restantes cento e tal que fiz depois…
Bom, mas não ligues à ordem, porque ela não existe. E os primeiros que fiz nem foram passados logo para o computador…
Ao longo destes anos, escrevi sobre muita coisa. E sei que consigo escrever sobre qualquer tema… Há tanta coisa que me inspira e me motiva para escrever, além disso escrever e deixar que as palavras nos invadam é navegar sobre mares infinitos, é voar por terras feitas de insustentáveis pedaços de algodão doce…
O poema que hoje vou partilhar convosco é um que fala de uma ausência. Todos nós já sentimos em alguma circunstância da vida que estamos sós. Ou queremos estar sós… A mim acontece-me muitas vezes…Todos nós (mas uns mais que outros) sentimos falta de alguma coisa ou de alguém. Sentimos falta ou temos saudade (aquela palavra que só existe na língua portuguesa) de tudo o que é importante para nós. Ou simplesmente daquilo que num determinado momento nos fez feliz mesmo que na altura não tenhamos dado conta.

“Saudades são lembranças de datas que nos marcaram e deixaram em nós esperanças de dar vida ao que acabou.”
"Saudade é... ...nao saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche" Miguel Falabella

Há poemas que falam mais do que estou a sentir e há outros que apenas escrevo e não sinto. Essa é a arte dos poetas não é? Lol
Bem quem me conhece sabe se este poema é ou não autobiográfico…
O poema inicia-se assim:

AUSÊNCIA


“ Oh! Que dor imensa sofre um ser!
Só por não te ver… Por não estares presente.
Mais ainda por te ver em pensamento e não te esquecer…
E por viveres bela na minha mente. “

Depois este poema prossegue em tom desgostoso...
Aqui ficam alguns desses versos:

“Que saudades tenho de ti
E lembrando-me do que senti…
Direi agora que sou nada!
Agora que não te vejo, não há mais alvorada…
Agora sou um navio ancorado,
Sou um pobre coração despedaçado.
Ou um resto de emoção
Que me invadiu a alma e me pôs em agitação,
Que me deu força de leão
E me fez crer no amor…
Porém, já só sinto dor…

Ai! Pensando nos teus cabelos negros ao vento,
Nesse teu sorriso que me dá alento,
No teu modo de comigo falar,
No teu jeito de ser e de estar…
Contudo, que serve pensar em ti,
Se a verdade é que não estás aqui?

Que pior sentimento há?!
Que inferno está!
No meu corpo e minha alma quebrada,
Por definir tua silhueta na minha mente
E não suportar a tua ausência.
Por sobreviver deprimido eternamente
E por até à tua vinda viver na carência. “


Alguns poemas que fiz servem de desabafo, este foi um deles. Foi escrito há uns anos, mas ainda hoje o podia reescrever. Ainda espero por alguém só não sei por quem, ou pelo quê… Só não sei se sei o que é esperar… Só não sei porque tenho de esperar por tudo… Só não sei porque tenho de esperar mais tempo que o comum…
Abraço terno para todo o mundo!
Fiquem bem
Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com
Até breve ;)

domingo, 2 de dezembro de 2007

O poema nº 1...

Olá! Hoje vou-te mostrar um pouco daquele que foi o primeiro poema que fiz… Tenho de recuar uns anos… O bichinho da escrita tinha acabado de surgir e mal sabia eu o que o futuro me ia reservar. Mal sabia eu que nunca mais iria deixar de escrevinhar poemas…
Bom, o tema não podia ser mais vago, chama-se : “A vida…”E começa assim:

“ Dum qualquer lugar me expresso agora,
Como um grito que na mente de alguém ancora.
Pois tudo o que canto ou digo
Não faz sentido sem ti meu amigo!”

Pois é… Já naquela altura (Há cerca de 7 anos atrás) tinha a consciência de que com a poesia me podia libertar e podia ter os amigos como um alvo. Toda a gente sabe que são as pessoas que nos dão algum valor, as coisas que fazemos ou que somos, só por si não chegam a lugar nenhum…

Neste poema reflecti um pouco sobre o que é a vida e dei alguns conselhos. Reparem que eu nos poemas dou conselhos, quando na realidade preciso é de os ter… Aí está o fascínio da poesia, podemos ser quem quisermos, podemos inverter papéis, podemos expressar qualquer emoção, de qualquer forma… Que sempre se pode dizer: “era apenas um poema” lol.
Aqui estão alguns versos desse poema:
“ O sonho comanda a vida é certo e sabido.
Mas, faltam definir os limites em que este é regido…”

“A vida dá voltas e voltas,
Sempre sem parar.
A vida é hostil e tem curvas
Que tu não podes errar!”

Enfim, para primeiro poema não ficou muito mal… Até foi com este poema que mais tarde viria a ganhar um concurso de poesia que se fez na minha faculdade…Penso que a melhor estrofe deste poema é a última. E o que digo nela é o seguinte:

“Não vás pelo lado iluminado,
Ele pode-te enganar,
Vai pelo lado certo e estipulado
Pelas manhas do teu olhar.”

Espero que tenhas gostado deste primeiro poema que escrevi. Já sabes se o quiseres ler todo, basta me pedires. Será assim que este blogue vai funcionar…
E espero sempre que tenhas o mesmo prazer ao ler o que escrevo, que eu tenho a escrever…

Boa semana!
Vive bem e faz-me um favor: Sê feliz!!
Grande abraço!
Até sempre!…
filipejccorreia@hotmail.com

Filipe Correia 03/12/07

sábado, 1 de dezembro de 2007

O que será este blog? Apenas mais um? Espero que não...

Olá! Este blog está a dar os primeiros passos… Já idealizei algo sobre ele na minha mente…Perguntas-me tu: O que vais escrever neste blog? Para que é que o fizeste? Qual será o seu intuito principal? Vais mostrar todos os teus poemas aqui?São a essas hipotéticas perguntas que eu vou tentar responder…

Antes de mais importa dizer que os poemas não se explicam, nem se pode dizer porque é que eles surgem. Eles auto-interceptam-se, têm vida própria e são um todo… São um todo, mesmo quando são parte de um nada.
Qualquer poeta vive dentro dos seus poemas. Vive sempre, mesmo quando aos poucos se apagua ao escrevê-los, ou já não esteja entre nós… Não se pergunta a um poeta porque escreve um poema… Por acaso alguém pergunta ao rio porque corre? Alguém pergunta ao rouxinol porque canta? Alguém pergunta à laranjeira porque dá laranjas? Há coisas que são tão naturais que nem se perguntam, aceitamo-las somente… Porém não sei se fazemos bem ou mal em termos essa preguiça intelectual…

Não obstante do que acabei de dizer, tentarei neste blog explicar um pouco do porquê dos meus poemas ou dos temas… Irei mostrar e explicar alguns versos/estrofes. Mas só raras vezes irei mostrar o poema inteiro, será aí a tua parte nesta “brincadeira”… Se tiveres curiosidade e interesse contacta-me e pede-me poemas…
Irei falar retrospectivamente dos poemas, já que neste momento já terminei 115 poemas e só agora criei o blog… Mas daqui a algum tempo falarei dos meus poemas “em tempo real”.

Mas nem só de poemas vai viver este blog… Escreverei sobre as mais variadas coisas. Irei dar a minha humilde opinião sobre algumas coisas que vejo e sinto no dia-a-dia. Em suma, será um espaço onde vou puder compartilhar contigo a minha veia poética e a minha visão sobre o mundo… Mais importante do que tudo o que possa dizer, será a tua presença e os teus comentários… Foi por todas as pessoas simpáticas, que gostam de ler o que escrevo, que criei este blog… ;)
Foi por ti ;)

Espero também encontrar aqui gente nova, gente que sabe acolher bem as minhas palavras e assim aprender e/ou ensinar-me algo…
Espero escrever muito regularmente neste blog, até porque escrevo quase todos os dias… Já escrevo poesia há uns anos e já tenho quase duas centenas de poemas rascunhados.
Antigamente só escrevia de vez em quando. Mas hoje em dia escrever é vício já, nem tenho tempo ou ocasião para concretizar todos os poemas que brotam da minha cabeça…

São imensas as poesias que ainda quero escrever ou pôr em telas (também pinto a acrílico). Talvez escreva demais, já que não tenho sítio onde publicar o que escrevo, nem tenho uma musa a quem destinar todos os poemas românticos…
Todavia escrevo… Escrevo como quem levanta as mãos para o céu, como quem suspira ou respira fundo, ou como quem sorri para um sorriso.

Termino justificando o nome deste blog, penso que se adequa à maneira como escrevo. Escrevo como quem quer esculpir versos brandos em ásperas e duras rochas, sendo que cada verso macio pode ser qualquer gesto ou coisa, e as rochas ou pedras podem ser qualquer dia de qualquer vida…
http://maciosversosnadurapedra.blogspot.com/

Abraço!
Até amanhã! Ou até sempre…
Fiquem bem :)
filipejccorreia@hotmail.com
Filipe Correia 01/12/07