terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Aquela ausência que por vezes se tem...

Olá muito bom dia para todos! Bom depois de te mostrar o meu poema nº 1, a partir de agora vou mostrar os restantes cento e tal que fiz depois…
Bom, mas não ligues à ordem, porque ela não existe. E os primeiros que fiz nem foram passados logo para o computador…
Ao longo destes anos, escrevi sobre muita coisa. E sei que consigo escrever sobre qualquer tema… Há tanta coisa que me inspira e me motiva para escrever, além disso escrever e deixar que as palavras nos invadam é navegar sobre mares infinitos, é voar por terras feitas de insustentáveis pedaços de algodão doce…
O poema que hoje vou partilhar convosco é um que fala de uma ausência. Todos nós já sentimos em alguma circunstância da vida que estamos sós. Ou queremos estar sós… A mim acontece-me muitas vezes…Todos nós (mas uns mais que outros) sentimos falta de alguma coisa ou de alguém. Sentimos falta ou temos saudade (aquela palavra que só existe na língua portuguesa) de tudo o que é importante para nós. Ou simplesmente daquilo que num determinado momento nos fez feliz mesmo que na altura não tenhamos dado conta.

“Saudades são lembranças de datas que nos marcaram e deixaram em nós esperanças de dar vida ao que acabou.”
"Saudade é... ...nao saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche" Miguel Falabella

Há poemas que falam mais do que estou a sentir e há outros que apenas escrevo e não sinto. Essa é a arte dos poetas não é? Lol
Bem quem me conhece sabe se este poema é ou não autobiográfico…
O poema inicia-se assim:

AUSÊNCIA


“ Oh! Que dor imensa sofre um ser!
Só por não te ver… Por não estares presente.
Mais ainda por te ver em pensamento e não te esquecer…
E por viveres bela na minha mente. “

Depois este poema prossegue em tom desgostoso...
Aqui ficam alguns desses versos:

“Que saudades tenho de ti
E lembrando-me do que senti…
Direi agora que sou nada!
Agora que não te vejo, não há mais alvorada…
Agora sou um navio ancorado,
Sou um pobre coração despedaçado.
Ou um resto de emoção
Que me invadiu a alma e me pôs em agitação,
Que me deu força de leão
E me fez crer no amor…
Porém, já só sinto dor…

Ai! Pensando nos teus cabelos negros ao vento,
Nesse teu sorriso que me dá alento,
No teu modo de comigo falar,
No teu jeito de ser e de estar…
Contudo, que serve pensar em ti,
Se a verdade é que não estás aqui?

Que pior sentimento há?!
Que inferno está!
No meu corpo e minha alma quebrada,
Por definir tua silhueta na minha mente
E não suportar a tua ausência.
Por sobreviver deprimido eternamente
E por até à tua vinda viver na carência. “


Alguns poemas que fiz servem de desabafo, este foi um deles. Foi escrito há uns anos, mas ainda hoje o podia reescrever. Ainda espero por alguém só não sei por quem, ou pelo quê… Só não sei se sei o que é esperar… Só não sei porque tenho de esperar por tudo… Só não sei porque tenho de esperar mais tempo que o comum…
Abraço terno para todo o mundo!
Fiquem bem
Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com
Até breve ;)

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