Olá! Felicitações natalícias para todos… lol. A todos porque escrevo para qualquer pessoa que queira ler as minhas parcas palavras, natalícias devido à quadra… Se bem que para mim o Natal deve ser todos os dias e não numa ocasião do ano. Como me entristece ver que só na época de Natal é que as pessoas tentam ser minimamente mais simpáticas e amigas… Eu faço de cada dia o que ele é… Apenas mais um dia em que vivo, independentemente da altura do ano que for, tento ser sempre o mesmo e o melhor que posso ser…
Bom divagações à parte ( e fica desde já prometido que voltarei a este tema do natal em breve…). Devo dizer que não me esqueci da promessa de mostrar o prefácio do meu livro, mas hoje vou mostrar mais uns versos meus… Senão nunca mais chego ao último poema que acabei (neste momento foi o 119).
O poema chama-se: “Passado, presente e ausente”.
Fala de sensações não correspondidas e inicia-se assim:
No teu rosto vejo os montes d`outrora.
No teu olhar noto um brilho celeste.
Tudo em ti é puro e agreste…
Tudo tinha um fundo iluminado, mas tudo se eclipsa agora…
Já tem uns anos valentes este poema, mas penso que ainda hoje não o mudava… Vou partilhar contigo mais alguns dos versos desse poema:
…
Mas como se combate uma guerra perdida?
Como se olham por janelas tapadas?
Se quando vivo me torturo e me sucumbo,
Se quando morro ganho asas cortadas…
Se me acho um corvo com penas brancas,
E se numa noite clara só vejo o escuro.
No entanto, olho-te e teus olhos são rodas,
Em que rolo intemporalmente.
Que me importam os usos e modas?!
Que importa correr sem a meta na mente?!
Que importa se o teu corpo é preto ou rochoso?!
Que importa se o teu cabelo cavalga ao vento?!
Importa o que sinto e continuarei teimoso…
Se o que fui ontem já não sei,
Se hoje me reneguei,
…
Se nas tuas águas há calmaria,
Se pelas tuas pernas descem cataratas de harmonia,
Se os teus braços movem montanhas,
Então porque te escondes e não mostras tuas manhas?
Saltando mais alguns versos… Neste poema o sujeito poético termina com interrogações bem pertinentes… Aqui:
…
Mas que interesse têm as divagações?
Se vivemos num tempo sem corações.
Em que o que se faz não se sente,
E o que se sente é só pelo prazer.
Para que então existam solitários a sofrer?
Esses a que me junto nadam contra a maré...
E só espero que um dia confirmem a minha fé…
Abraços!
Até amanhã…
Bom resto de fim de semana…
Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com
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