sábado, 15 de dezembro de 2007

Mais um poema meu e mais perto estamos do dia 25 de Dezembro... Que apenas será mais um dia... lol

Olá! Felicitações natalícias para todos… lol. A todos porque escrevo para qualquer pessoa que queira ler as minhas parcas palavras, natalícias devido à quadra… Se bem que para mim o Natal deve ser todos os dias e não numa ocasião do ano. Como me entristece ver que só na época de Natal é que as pessoas tentam ser minimamente mais simpáticas e amigas… Eu faço de cada dia o que ele é… Apenas mais um dia em que vivo, independentemente da altura do ano que for, tento ser sempre o mesmo e o melhor que posso ser…
Bom divagações à parte ( e fica desde já prometido que voltarei a este tema do natal em breve…). Devo dizer que não me esqueci da promessa de mostrar o prefácio do meu livro, mas hoje vou mostrar mais uns versos meus… Senão nunca mais chego ao último poema que acabei (neste momento foi o 119).

O poema chama-se: “Passado, presente e ausente”.
Fala de sensações não correspondidas e inicia-se assim:

No teu rosto vejo os montes d`outrora.
No teu olhar noto um brilho celeste.
Tudo em ti é puro e agreste…
Tudo tinha um fundo iluminado, mas tudo se eclipsa agora…

Já tem uns anos valentes este poema, mas penso que ainda hoje não o mudava… Vou partilhar contigo mais alguns dos versos desse poema:


Mas como se combate uma guerra perdida?
Como se olham por janelas tapadas?
Se quando vivo me torturo e me sucumbo,
Se quando morro ganho asas cortadas…
Se me acho um corvo com penas brancas,
E se numa noite clara só vejo o escuro.

No entanto, olho-te e teus olhos são rodas,
Em que rolo intemporalmente.
Que me importam os usos e modas?!
Que importa correr sem a meta na mente?!
Que importa se o teu corpo é preto ou rochoso?!
Que importa se o teu cabelo cavalga ao vento?!
Importa o que sinto e continuarei teimoso…

Se o que fui ontem já não sei,
Se hoje me reneguei,


Se nas tuas águas há calmaria,
Se pelas tuas pernas descem cataratas de harmonia,
Se os teus braços movem montanhas,
Então porque te escondes e não mostras tuas manhas?

Saltando mais alguns versos… Neste poema o sujeito poético termina com interrogações bem pertinentes… Aqui:

Mas que interesse têm as divagações?
Se vivemos num tempo sem corações.
Em que o que se faz não se sente,
E o que se sente é só pelo prazer.
Para que então existam solitários a sofrer?
Esses a que me junto nadam contra a maré...
E só espero que um dia confirmem a minha fé…

Abraços!
Até amanhã…
Bom resto de fim de semana…

Filipe Correia
filipejccorreia@hotmail.com

Sem comentários: